segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Células-tronco I

Mayana Zatz é professora de Genética Humana e Médica do Departamento de Biologia, Instituto de Biociências da Universidade São Paulo, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano – IB -, presidente da Associação Brasileira de Distrofia Muscular e membro da Academia Brasileira de Ciências.

Drauzio Enfrentamos uma verdadeira guerra legal a respeito do tema clonagem. Como você vê a legislação brasileira que aborda o assunto? Vamos poder avançar nessa área ou seremos empurrados para os subterrâneos da ciência?
Mayana Zatz – Tínhamos um projeto de biossegurança escrito por Aldo Rabelo que abordava tanto o problema dos transgênicos como a pesquisa com células-tronco embrionárias. Entretanto, apesar de o projeto ser muito bom e permitir avanços nessas duas áreas, foi rejeitado pela Câmara dos Deputados que proibiu as pesquisas com células-tronco e a plantação de plantas transgênicas sem considerar o benefício gigantesco que estas últimas, por exemplo, poderiam representar para a população em geral.
Esse projeto foi encaminhado para o Senado e nós propusemos sugestões tentando incluir nele a possibilidade de usar os embriões descartados para fazer clonagem terapêutica. Por enquanto ele está parado e, se não for aprovado, estaremos ficando realmente para trás, o que vai ser uma lástima porque vários laboratórios no Brasil dominam essa tecnologia e só estão esperando autorização do governo para iniciar as pesquisas.

Drauzio Além da ignorância, o que move as forças contra esse tipo de trabalho? São interesses políticos, religiosos ou de que outro tipo?
Mayana Zatz – Nessa votação que houve na Câmara dos Deputados, parece que a oposição foi feita por grupos religiosos motivados pela idéia de que mexer no embrião é destruir uma vida.

DrauzioSempre me pergunto que direito têm essas pessoas de impedir o tratamento e a cura de tanta gente que sofre?
Mayanaa Zatz – Esse é um aspecto extremamente importante a ser discutido. De novo vale a pena considerar que essas pesquisas estão liberadas na maior parte dos paises da Europa, no Canadá, Austrália, Japão e Israel. Portanto, se amanhã houver tratamento fora do Brasil, o governo terá de pagar royalties por eles. Podendo usar embriões para curar doenças, será que as pessoas da Comunidade Européia ou esses outros países valorizam menos a vida do que nós ou é exatamente o contrário?

acesso: 12/11/2010
http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/1460/celulas-tronco-i/pagina7

DST no Brasil

Conteúdo extra: Comentários

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive a aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil. No Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são:

Desde 1986, a notificação de casos de aids e sífilis é obrigatória a médicos e responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde, seguindo recomendações do Ministério da Saúde. Com as mesmas orientações, o registro de HIV em gestantes e recém-nascidos tornou-se obrigatório desde 2000.

acesso: 12/11/2010
http://www.aids.gov.br/pagina/dst-no-brasil

Cerveja é diurética, mas não faz bem aos rins — SAÚDE

Cerveja é diurética, mas não faz bem aos rins — SAÚDE

por CIDA DE OLIVEIRA

Complemento. Página 1 de 1

Por conter substâncias que inibem a ação do hormônio antidiurético, a cerveja ganhou a boa fama de diurética e, por tabela, de amiga dos rins. Afinal, facilitaria o serviço de filtragem das impurezas do sangue. Na verdade, mesmo composta por 95% de água, a bebida tem etanol suficiente para desidratar o organismo. Presente nos drinques alcoólicos em geral, é ele que inibe o hormônio antidiurético, provocando aquela vontade constante de fazer xixi. Com isso o corpo perde líquido, e a concentração de toxinas no sangue aumenta rapidamente. É que o álcool leva muito tempo para ser metabolizado. Alternar copos de água com os de cerveja é uma dica para evitar a desidratação e a sensação da ressaca no dia seguinte. A cerveja, assim como as outras bebidas alcoólicas, ajuda a aumentar a pressão do sangue. É claro que o efeito varia conforme a quantidade de etanol presente na bebida e do número de tulipas que vão goela abaixo. Mas a gente já sabe que pressão alta definitivamente não é benéfica para os rins.

acesso: 12/11/2010

http://saude.abril.com.br/edicoes/0298/medicina/conteudo_279137.shtml

CORAÇÃO APAIXONADO...

Gel poderia substituir pílula anticoncepcional, dizem cientistas

Anticoncepcional (arquivo)

Novo gel contraceptivo poderia transformar pílulas em algo do passado

Cientistas americanos afirmaram que um gel contraceptivo aplicado diretamente na pele pode ser usado como uma alternativa à pílula anticoncepcional.

O produto, chamado Nestorone, está sendo desenvolvido pela indústria farmacêutica americana Antares Pharma e a pesquisa foi apresentada durante a conferência da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Denver, nos Estados Unidos.

O produto pode ser aplicado como um creme no abdome, nas coxas, braços e ombros e é rapidamente absorvido pela pele sem deixar resíduo.

Testes clínicos preliminares mostraram que o creme é eficaz e tem boa tolerância, sem produzir os efeitos colaterais secundários associados à pílula como náusea, aumento de peso e acne.

O ingrediente mais importante é um novo tipo de progesterona sintética, muito parecida com o hormônio natural. O remédio também tem uma classe de estrogênio quimicamente idêntico ao produzido pelas mulheres.

Segundo os cientistas, o medicamento também pode ser usado por mulheres que estão amamentando, ao contrário da pílula, que pode interferir na produção do leite materno.

Três miligramas

A médica Ruth Merkatz, do centro de pesquisa da organização sem fins lucrativos Population Council, com sede em Nova York, fez o estudo sobre o produto com 18 mulheres entre 20 e 30 anos. De acordo com este estudo, a dose ideal é de três miligramas do creme por dia.

No período de sete meses nenhuma das mulheres que usou o tratamento ficou grávida. Os exames hormonais mostraram que o gel conseguiu suprimir a produção de óvulos nos ovários da mulheres testadas.

"Estamos nas primeiras etapas de seu desenvolvimento, mas agora poderíamos continuar testando em muitas outras mulheres", afirmou Merkatz.

O novo creme funciona da mesma forma que o adesivo anticoncepcional, disponível atualmente em alguns países. O adesivo é colocado sobre a pele e libera uma dose regular de progesterona e estrogênio, que evita que os ovários liberem um óvulo a cada mês.

Mas, o adesivo tem duas grandes desvantagens em relação ao gel, é visível e pode se soltar da pele.

Alternativa

Apesar dos estágios iniciais dos testes, os cientistas afirmam que o novo creme poderia oferecer uma alternativa à pílula anticoncepcional, usada por milhões de mulheres em todo o mundo.

"Qualquer sistema contraceptivo que aumente a seleção de métodos disponíveis para as mulheres e ajude a evitar a gravidez indesejada é bem-vindo", afirmou Natika Halil, diretora de informação da Associação Britânica de Planejamento Familiar.

Mas, Halil alerta que "este produto não será conveniente para todas as mulheres, apenas para aquelas que se sintam confortáveis ao usá-lo na pele".

acesso: 12/11/2010

ttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/10/101026_anticoncepcionalgelfn.shtml